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Disbiose

Disbiose
  • 30 de março de 2022

Vamos falar sobre disbiose

A disbiose intestinal é um desequilíbrio da flora intestinal – existe uma alteração na quantidade e/ou distribuição dos microrganismos que habitam o trato digestivo do cão (ou gato) que resulta na perda de equilíbrio que existe entre esta população e o seu hospedeiro.
A flora intestinal do cão/gato, o microbioma, é composto por bactérias, protozoários, fungos e vírus.
Este desequilíbrio resulta na inflamação da mucosa digestiva que passa a ser permeável a microrganismos potencialmente patogénicos ou alimentos não digeridos – aparecimento de intolerâncias alimentares.

Estas alterações causam sintomatologia gastrointestinal como fezes moles, borborigmos, pica, vómitos ocasionais, alterações de apetite (fome alternada com momentos de inapetência) e claro desconforto abdominal. Além destas, pode traduzir-se em sintomatologia dermatológica como resultado das intolerâncias alimentares: prurido, vermelhidão, alterações auriculares, etc.
Além disso, alterações de humor e comportamento podem estar relacionadas com disbiose.

Uma disbiose não corrigida e prolongada no tempo pode causar o desenvolvimento de doenças auto-imunes, doença inflamatória intestinal cronica ou alergias.

Existem diversos fatores que podem causar disbose gastrointestinal. Os fatores mais comuns são alimentações a base de hidratos de carbonos que predispõe à fermentação dos alimentos, ingestão de alimento seco contaminado com fungos ou contaminados com herbicidas, toma prologada de antibióticos, desparasitações recorrentes (muitas delas sem necessidade), entre outros.

Uma disbiose severá poderá ser muito difícil tratar. O ideal é sempre prevenir! Associar toma a toma de probióticos em alturas que há necessidade fazer medicação prolongada ou na troca alimentar é uma boa prática no que toca à preservação do microbioma.
Da mesma forma, realizar desparasitação apenas após coprologia positiva ou em caso de necessidade visível.

Um microbioma saudável também depende do estilo de vida do nosso cão/gato. É importante “deixar o bicho ser bicho”. A exposição diária aos microorganismo que estão no meio envolvente ajuda a manter o microbioma saudável e alerta para possíveis microrganismos patogénicos.

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